A MISCIGENAÇÃO DO POVO BRASILEIRO
Pela sua formação histórica, o Brasil é um país miscigenado cultural e etnicamente. Os portugueses, que eram brancos, tiveram filhos com índias e negras. Por sua vez, os negros também se uniram com indígenas. Os filhos nascidos dessa união foram classificados pelo tom da pele como mulatos, cafuzos e caboclos. Cada uma dessas uniões, posteriormente, receberiam outros nomes. Isto gerou uma sociedade onde a cor da pele determinava o lugar que o indivíduo ocupava.
Miscigenação no Brasil
A miscigenação do Brasil foi tema de estudo de vários pensadores e até hoje esta questão é debatida pelos movimentos negro e indígena. Durante a maior parte da história brasileira, notamos que a miscigenação ocorre pela via masculina. O branco europeu tinha filhos com a indígena e a negra. Isso reflete o poder do homem na sociedade colonial. Abaixo fazemos uma pequena cronologia de como o conceito de miscigenação foi entendido no Brasil: Na segunda metade do século XIX, parte da elite brasileira se perguntava sobre os motivos do atraso brasileiro em relação aos outros países. Uma das ideias mais difundidas, especialmente pelo Positivismo, era que a mestiçagem não era algo bom. Assim, começa-se o processo de branqueamento da população, com a vinda de vários imigrantes europeus para trabalhar nas fazendas de café. Parte da elite acreditava que os brancos se uniriam com os negros e estes desapareceriam do território nacional. Com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, surgem uma série de autores que defendem que o Brasil era mestiço e isto era algo que deveria ser superado. Desta maneira, a mestiçagem é vista como algo negativo. Para isso acontecer, os mestiços devem embranquecer, pois o branco é considerada a etnia “superior”. Surgem livros como “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que também dão ênfase ao meio geográfico para que um povo possa florescer e progredir.
Fonte: https://www.todamateria.com.br/miscigenacao/